segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Donos do próprio destino

Por Márcia de Lucca

Uma história indiana conta que um homem estava fazendo um tour por todo o país quando chegou a uma cidadezinha e viu um ancião debaixo de uma árvore. Então lhe perguntou: quem são as grandes pessoas que nasceram nessa vila?
E o ancião respondeu: apenas crianças nascem nesta cidadezinha!
A grande sabedoria dessa história é que ninguém é importante logo que nasce. Nossa grandeza vem do que fazemos e construímos para nossas vidas.
Somos nossos pensamentos, nossas percepções, nossas idéias. Somos criadores de absolutamente tudo o que nos rodeia e tudo o que nos acontece.
Devemos então nos conscientizar de que somos responsáveis por nós, e portanto, podemos mudar nosso destino criando um bem viver no nosso dia a dia.
É preciso tomar uma decisão em nossas vidas e criar uma intenção – em sânscrito, sankalpa – para conseguir a transformação milagrosa.
Devemos nos conscientizar também, que essa transformação só pode ocorrer no nível de nossa consciência mais profunda – chitta, na nossa totalidade.
Nosso verdadeiro lar é o espaço que existe dentro de nós, onde nos sentimos relaxados e confortáveis. Sentimo-nos bem com nosso próprio ser. Nesse local não é preciso criar fachadas, podemos ser quem somos na realidade.
Outra bela história conta que uma casa estava pegando fogo com um homem lá dentro que dormia. As pessoas tentavam tirar o homem de dentro da casa, mas ele era muito pesado. Então uma voz disse: acordem este homem e ele vai saber o que fazer para se salvar.
Todos nós temos problemas, mas estamos dormindo de alguma maneira. Vamos acordar para que possamos mudar. Este é o despertar interior para que possamos saber o que fazer com nossas vidas.
As universidades normais ensinam como sobreviver neste mundo, mas temos de aprender, sobretudo, como viver da melhor maneira possível. A sociedade nos ensina a casar, mas queremos mesmo trazer amor ao casamento. Vamos aprender a ter experiências importantes para que elas se tornem o verdadeiro aprendizado.
Repetindo para gravar na memória de nossas células, vamos trabalhar a partir do nível da consciência que é a totalidade da vida propriamente dita.
Nesta jornada, temos que sentir dor e prazer, pois os opostos se complementam. Devemos aprender a ficar em silencio, a abraçar tudo e todos com gratidão. E é na benção desse silêncio interior que conseguimos ouvir palavras sábias de nosso grande mestre interno – aquele que tudo sabe e tudo vê. Aquele que detém a receita de nossa felicidade.
E lembre-se , não existe um única receita para todos. Segundo o Ayurveda, cada ser humano é único e individual. Cada um de nós deve ouvir a sua própria voz interior.
Mas também vale lembrar que todos os sábios que habitam nossos corações se unem em um único espaço de muita luz: hridaya, nosso coração espiritual no qual reside também todo universo. E nesse espaço, TODOS SOMOS UM!

Eu vou sem nenhuma direcao

E eu sou,

Nao preciso nada mais

Lua,

Estrela,

o meu caminho, o meu destino

Lua, o sol, que me da o seu calor

Chuva, o seu olhar, que me da o seu calor

Que me da a direcao, que me da o meu valor,

Que me da o seu calor

Eu vou,

Eu sou,

Eu vou sem nenhuma direcao

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