domingo, 29 de agosto de 2010

Seu dia vai chegar


A vida é mesmo incrível e imperdível! Os opostos e aparentemente contraditórios contêm em si sabedoria e verdade. Afirmo isso pensando justamente em dois ditados que, embora gramaticalmente se anulem, na prática do viver servem para nos mostrar o quanto é imprescindível apreender cada instante para que, enfim, o grande dia chegue!
“Quem procura, acha!” e “Pare de procurar, e encontrará!”
É bem possível que essas duas sugestões já tenham funcionado com você. Mas também é muito provável que você se questione recorrentemente sobre como saber quando continuar procurando e quando parar de procurar?
A questão é que queremos certezas, e é bom partirmos da premissa de que certezas não combinam com vida, sucesso, realização, desejo, felicidade, amor ou qualquer uma dessas essencialidades humanas. Nesses casos, nesses tão extasiantes casos, haveremos de arriscar e apostar toda a imponderável imperfeição de uma alma em evolução, em todos os níveis - porque é o que temos, ou melhor, é o que somos!
Portanto, esteja você em busca de uma nova carreira, de um grande amor, de mais rendimentos financeiros, de um sentido maior para sua existência ou de um outro ritmo para tudo o que já existe, siga o fluxo, feito persistente e sábio rio, que confia e simplesmente se deixa levar até o lugar onde há de se tornar gigante.
Além de tornar o processo muito mais criativo e produtivo, você reconhecerá, a partir de escolhas cada vez mais íntegras e conscientes, que sabe bem menos do que supõe e, ainda assim, está bem mais perto do que acredita, especialmente quando consegue transformar a angústia da espera em conforto: o exercício de viver o que há para ser vivido e só.
E por tão belamente ter me permitido essa constatação – ainda que com medo de não conseguir – afirmo e exclamo: seu dia vai chegar! Mas não pense que de um nada que você faça, nem tampouco de um desespero com que possa vir a fazer. Sobretudo desvendando a direção, dia após dia, com cada um de seus tropeços e com cada arranhão decorrente de suas tão particulares e secretas quedas.
Porque este é o mapa, o indicador do caminho, a seta que lhe conduzirá ao que tanto você deseja, esteja à procura ou à espera, mas sempre, sempre, considerando que cada dia é parte indispensável e intransferível de sua chegada!
E fico torcendo para que você se sinta como eu me sinto – radiante! E que seja, por fim, como tão delicada e encantadoramente escreveu Eça de Queiroz:
“(...) sentia um acréscimo de estima por si mesma,e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante,onde cada hora tinha o seu encanto diferente,cada passo conduzia a um êxtase,e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!”

Rosana Braga

sábado, 28 de agosto de 2010

Embriague-se

Charles Baudelaire, tradução Jorge Pontual
Enivrez-vous
Il faut être toujours ivre. Tout est là: c'est l'unique question. Pour ne pas sentir l'horrible fardeau du Temps qui brise vos épaules et vous penche vers la terre, il faut vous enivrer sans trêve.
Mais de quoi? De vin, de poésie ou de vertu, à votre guise. Mais enivrez-vous.
Et si quelquefois, sur les marches d'un palais, sur l'herbe verte d'un fossé, dans la solitude morne de votre chambre, vous vous réveillez, l'ivresse déjà diminuée ou disparue, demandez au vent, à la vague, à l'étoile, à l'oiseau, à l'horloge, à tout ce qui fuit, à tout ce qui gémit, à tout ce qui roule, à tout ce qui chante, à tout ce qui parle, demandez quelle heure il est et le vent, la vague, l'étoile, l'oiseau, l'horloge, vous répondront: "Il est l'heure de s'enivrer! Pour n'être pas les esclaves martyrisés du Temps, enivrez-vous; enivrez-vous sans cesse! De vin, de poésie ou de vertu, à votre guise."
Embriague-se
É preciso estar sempre embriagado. Isso é tudo: é a única questão. Para não sentir o horrível fardo do Tempo que lhe quebra os ombros e o curva para o chão, é preciso embriagar-se sem perdão.
Mas de que? De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser. Mas embriague-se.E se às vezes, nos degraus de um palácio, na grama verde de um fosso, na solidão triste do seu quarto, você acorda, a embriaguez já diminuída ou desaparecida, pergunte ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunte que horas são e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio lhe responderão: "É hora de embriagar-se! Para não ser o escravo mártir do Tempo, embriague-se; embriague-se sem parar! De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser".

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pratique a Paz !!!


O Projeto Não-Violência® é uma Organização Não Governamental Internacional (ONG) que atua com a missão de 'desenvolver e fortalecer uma cultura de não-violência por intermédio das escolas'. O PNV promove ações de caráter educativo e preventivo em escolas da rede pública de ensino desde 1998.

Pratique a Paz!
Em tempos de violência praticar a paz parece ser um sonho inalcançável. As palavras para construirmos um mundo mais pacífico parecem ser usadas tão somente para minimizar a indignação que nos habita. Famílias incendiadas dentro dos seus carros, crianças arrastadas por quilômetros em assaltos, jovens espancados pela polícia, que deveria protegê-los e não submetê-los à violência, e por aí vai. A lista de eventos violentos que passeiam pela mídia todos os dias parece não ter fim. E aí nos perguntamos: como praticar a paz num mundo como esse? Adquirimos a sensação de que as pequenas ações não são minimamente suficientes para dar conta da violência que desfila diante de nossos olhos.É certo que fazer de nosso país um lugar de solidariedade, respeito e tolerância demanda uma ação política séria e inclusiva. Inclusiva? Sim, quanto mais inclusão houver em nossa sociedade menos violência teremos. Os estudos sobre o tema não se cansam de demonstrar isso, embora continuemos a ignorá-los. Diante de situações violentas, o medo que nos invade é tão grande que só queremos nos livrar daqueles indivíduos que julgamos - na grande maioria das vezes, pautados pelos nossos preconceitos - serem potencialmente perigosos. E ao invés de termos resultados satisfatórios na redução da violência, ela aumenta cada dia mais. Então, aí vai uma dica: o primeiro passo para praticar a paz e entender como ela se constrói e isso implica em compreender também que fatores podem causar a violência.Compreender o par "paz-violência" já é uma forma de nós cidadãos fazermos algo por um mundo mais pacífico, pois quando entendemos mais sobre o assunto, vemos que ao contrário do que pensamos, somos diretamente responsáveis pela realidade que nos rodeia e mudá-la, depende da vontade política, mas depende também de nossas ações, de nossas posições, de nosso comportamento ético. Gandhi dizia: "não há caminho para a paz, a paz é o caminho". Ou seja, não adianta ficarmos sonhando com o dia em que o mundo será mais pacífico, pois para que o mundo seja um lugar pacífico, temos que praticar a paz na sociedade em que vivemos.Mas será que para praticar a paz basta não fazermos o mal, basta não matarmos, não roubarmos, não brigarmos? Não, isso não basta para que vivamos tempos pacíficos. Para ampliar nosso rol de boas e eternas frases, Martin Luther King nos provoca quando disse: "Não é a violência de poucos que me assusta, mas o silêncio de muitos". Desta forma, não basta não fazer o mal, temos que fazer o bem! Ser omissos nos distancia da paz. E isso nos concerne, não só aos nossos representantes. Praticar a paz tem a ver com uma postura extremamente ativa de não se omitir, de buscar situações democráticas, de militar contra a violência, seja ela de qualquer tipo: contra crianças, contra mulheres, contra animais, contra etnias, culturas, classes sociais. É ser exemplo na suas atitudes. É realmente contribuir para um mundo melhor.Para isso não é necessário ser político, podemos praticar a paz no nosso dia-a-dia, quando revemos nossos preconceitos, quando deixamos de nos omitir diante de uma situação de julgamos errada, quando nos esmeramos para minimizar os mal entendidos, quando não deixamos as brigas se prolongarem só para não ser o primeiro a dar o braço a torcer, quando esperamos a raiva passar para falar coisas que não nos arrependeremos mais tarde, quando buscamos o diálogo ao invés das brigas e da violência física.Praticar a paz inclui também buscar situações democráticas, combater a violência, seja ela contra crianças, mulheres, animais, etnias, culturas ou classes sociais. É ser exemplo em suas atitudes.E isso á fácil? De modo algum! Não somos santos e certamente continuaremos a ser humanos, com nossas fraquezas e deslizes. Nem sempre conseguiremos fazer todas as coisas que falamos até aqui, mas não podemos esquecer que isso é um ideal que devemos cultivar e adotar como modelo. Desta forma, para praticar a paz é necessário que a vivenciemos todos os dias em pensamentos e ações, isso é o que nos faz humanos. A paz não é só um discurso e um percurso!
Joyce K. Pescarolo Psicóloga Equipe operacional PNV http://www.naoviolencia.org.br

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Tai Chi Chuan da Infelicidade

Sempre que você sentir que está ficando infeliz, diminua o ritmo, não se apresse, faça movimentos suaves como no tai chi chuan.
Se estiver triste, feche os olhos e deixe o filme passar muito lentamente. Observe o que está acontecendo de acordo com uma perspectiva abrangente. Faça tudo sem pressa, de forma que você possa ver cada ato separadamente. Se estiver ficando irritado, faça a mesma coisa — mergulhe lentamente no sentimento.
Durante alguns dias, reduza o ritmo de sua vida. Ande mais devagar do que o habitual, tome um banho mais demorado, coma com mais vagar e mastigue mais vezes.
Quando você reduz o ritmo de todas as coisas, automaticamente a máquina do seu corpo diminui a velocidade. Não há diferentes mecanismos em ação, apenas um único mecanismo orgânico — o mesmo que lhe permite andar, falar e ficar irritado.
É uma experiência única: seus pensamentos e desejos tornam-se mais lentos, todos os seus velhos hábitos ficam diferentes. Reduzindo todos os ritmos, você verá que a tristeza, a raiva e a violência também diminuirão.
Isso lhe dará uma chance de ver como você está lidando com as coisas.

Osho, em "Uma Farmácia Para a Alma"

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Se estivesse vivo Paulo Leminski completaria 66 anos hoje ...



Se estivesse vivo, hoje seria a comemoração dos 66 anos do poeta, romancista e tradutor paranaense Paulo Leminski. Para homenagear o escritor, um grupo de poetas de Curitiba está preparando uma ação, ainda sem data marcada, que deve acontecer até o final do mês.
A ideia é reunir 11 poetas que terão, cada um, 6 minutos para declamar poesias nas ruas da cidade, somando justamente a idade que o poeta completaria. Thadeu Wojciechowski, Edson de Vulcanis e Ivan Justen Santana são alguns dos artistas confirmados para a intervenção.
O poeta Thadeu Wojciechowski era amigo de Leminski, com quem cultivou também algumas parcerias. "O que eu mais gostava de fazer com ele era conversar. Sempre era uma conversa atômica, espalhando radiação para todos os lados". Thadeu conta que nessas ocasiões é que surgiam inspirações para poesias. "A poesia, acima de tudo é conversa entre pessoas inteligentes e sensíveis".
A vasta e influente obra do escritor até hoje serve de inspiração para novas criações, como o filme "Ex Isto", exibido pela primeira vez no encerramento do último Festival de Cinema de Gramado. O filme foi construído a partir do livro "Catatau", do poeta paranaense Paulo Leminski, e de trechos da obra de Decartes.
No teatro, a Companhia Brasileira de Teatro estreou a peça "Vida" no ano passado. Com direção de Márcio Abreu, o espetáculo trouxe para a cena o resultado de um longo período de pesquisas sobre a obra do poeta curitibano.

Trajetória
Paulo Leminski nasceu no dia 24 de agosto de 1944 em Curitiba. Em 1964, já em São Paulo, publica poemas na revista "Invenção", porta voz da poesia concreta paulista. Casa-se, em 1968, com a poeta Alice Ruiz, com quem teve dois filhos: Miguel Ângelo, falecido aos 10 anos; Áurea Alice e Estrela.
De 1970 a 1989, em Curitiba, trabalha como redator de publicidade. Compositor, tem suas canções gravadas por Caetano Veloso e pelo conjunto "A Cor do Som". Publica, em 1975, o romance experimental "Catatau".
Traduziu, nesse período, obras de James Joyce, John Lenom, Samuel Becktett, Alfred Jarry, entre outros, colaborando, também, com o suplemento "Folhetim" do jornal "Folha de São Paulo" e com a revista "Veja". Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô.
Sua obra tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos. Seu livro "Metamorfose" foi o ganhador do Prêmio Jabuti de Poesia, em 1995. Em 2001, um de seus poemas ("Sintonia para pressa e presságio") foi selecionado por Ítalo Moriconi e incluído no livro "Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século", Editora Objetiva - Rio de Janeiro. No dia 7 de junho de 1989 o poeta falece em sua cidade natal.

(fonte:www.paranaonline.com.br)








HAI KAI (Paulo Leminski)

O ideograma de kawa, "rio", em japonês, pictograma de um fluxo de água corrente, sempre me pareceu representar (na vertical) o esquema do haikai, o sangue dos três versos escorrendo na parede da página..

HAI

Eis que nasce completo
e, ao morrer, morre germe,
o desejo, analfabeto,
de saber como reger-me,
ah, saber como me ajeito
para que eu seja quem fui,
eis o que nasce perfeito
e, ao crescer, diminui.

KAI

Mínimo templo
para um deus pequeno,
aqui vos guarda,
em vez da dor que peno,
meu extremo anjo de vanguarda.

De que máscara
se gaba sua lástima,
de que vaga
se vangloria sua história,
saiba quem saiba.

A mim me basta
a sombra que se deixa,
o corpo que se afasta.

[do livro Distraídos Venceremos]

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Não era amor?

(…)Se não era amor, era da mesma família.
Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados.
A carência.
A saudade.
A mágoa.
Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente
sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois
de se chocar contra o solo.
Eu bati a 200 km por hora e estou voltando a pé pra casa, avariada.
Eu sei, não precisa me dizer outra vez.
Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos.
Talvez este seja o ponto. Talvez eu não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas.
Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida
satisfatória, sem seqüelas, sem registro de ocorrência?
Eu não amei aquele cara.
Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor, era uma sorte.
Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros.
Não era amor, eram dois celulares desligados.
Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno.
Não era amor, era sem medo.
Não era amor, era melhor.

Martha Medeiros em Divã

domingo, 22 de agosto de 2010

1º Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade


O 1o Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade tem o intuito de potencializar os saberes produzidos pela academia e os setores produtivos de diversos segmentos para a inovação, tecnologia e sustentabilidade.

O evento promoverá a apresentação de casos de sucesso nos diversos segmentos do meio empresarial, bem como de palestrantes de âmbito regional, nacional e internacional, workshops e visitas técnicas. Será um momento de construção de conceitos e estratégias partindo da partilha de ideias inovadoras que alcançaram êxito num determinado contexto e que poderão ser aplicadas a outras realidades.

O público esperado são profissionais e estudantes, professores e pesquisadores de engenharia, design, administração e tecnologia da informação; associações e sindicatos da indústria e meio ambiente; empresários e colaboradores de indústrias da região.


Tomara...

Seja forte, siga em frente, respire fundo,e perceba a importância de se ter braços vazios,pra que se possa ter espaço em si para abraçar o mundo..
Marla de Queiroz
Tomara que a neblina das circunstâncias mais doídas não seja capaz de encobrir por muito tempo o nosso sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer para ver também um bocadinho de céu.
Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalçamos os sentimentos, não nos tire a coragem da confiança. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor.
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de busca a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão da felicidade.
Tomara...

Ana Jácomo

sábado, 21 de agosto de 2010

Porque eu sou feita de momentos...




Sobre gatos...




Povo, cuidado.
Segundo consta, eu sou ailurófila.
Esclarecendo: segundo o Michaelis, ailurófilo é
- ai.lu.ró.fi.lo sm (ailuro+filo3) Indivíduo que gosta de gatos; erulófilo.
Gatos
Amo.
Sou maluca por eles.
São uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel.
Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção.
Tudo o que precisa de promoção ou explicação os assusta.
Não querem explicações, querem afirmações. Vivem do verdadeiro e não se iludem com aparências.
Ninguém em toda a natureza, aprendeu a bastar-se a si mesmo como o gato.
“Bichos polêmicos sem o querer, porque sábios, mas inquietantes, talvez por isso. Nada é mais incômodo que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece. O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias do amor. Só as saudáveis.
Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança a valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula.
Gato não.
Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso. "Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser.
O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é espelho. O gato é zen. O gato é Tao. Ele conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer. Exigente com quem ama, mas só depois de muito certificar-se. Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige. Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano mas se comporta como um lorde inglês.
Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério.
O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe.
E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver.
Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.
O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós). Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, ele se afasta. Nada diz, não reclama. Afasta-se.
Quem não o sabe "ler" pensa que "ele não está ali".
Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo.
Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.
O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores.
O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo.
É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério.
O gato é um monge portátil à disposição de quem o saiba perceber. Monge, sim, refinado, silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado.
O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas." (Ode ao Gato de Arthur da Távola)




Yago, o cara que divide o apto comigo...



Lá está ele deitado, sonhando, ronronando e, ocasionalmente, mudando as patas de posição em um êxtase de prazer acolchoado. Parece a encarnação de todas as coisas macias, sedosas e aveludadas, uma composição sem arestas, um sonhador cuja filosofia é dormir e deixar dormir...
AMO.
MUITO.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Eu adoro voar


Por Clarice Lispector


Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo...
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos...
Já expulsei pessoas q amava de minha vida, já me arrependi por isso...
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri q eles não existem...
Já amei pessoas q me decepcionaram, já decepcionei pessoas que amaram...
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir...
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi...
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto...
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas q não valiam a pena, já deixei de acreditar nas q realmente valiam...
Já tive crises de riso quando não podia...
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva...
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse...
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar...
Muitas vezes deixei de falar o q penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros...
Já fingi ser o q não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros...
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz...
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava...
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho,fico ali"...
Já cai inúmeras vezes achando q não iria me reerguer, já mereergui inúmeras vezes achando que não cairia mais...
Já liguei para quem não queria apenas para ligar para quem realmente queria...
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava...
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim...
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre...
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão!
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, dasidéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes...
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

É brasileira a primeira rede global com foco em preservação ambiental




Site já conecta quase 6.000 cadastros de instituições e cidadãos de 28 países; objetivo é viabilizar um mundo mais sustentável


Por Rogério Ferro, do Instituto Akatu


Durante as viagens de negócios que faziam, os ex-executivos brasileiros da indústria farmacêutica, Martin Mauro, 52 anos e Fábio Biolcati, 42 anos, perceberam que as instituições que trabalham pela preservação ambiental ao redor do mundo não se conheciam e não eram conhecidas pelo público. Por isso, resolveram criar o Made in Forest, uma espécie de rede social sobre meio ambiente compartilhada por pessoas e instituições de todo o mundo.

“Enxergamos uma ótima oportunidade de negócios e já priorizamos o mercado mundial, por isso o nome em inglês”, explica Mauro. “O Made in Forest tem a intenção de reunir e organizar informações sobre ecologia, meio ambiente e sustentabilidade e colocar ao alcance da população mundial serviços que já existem”.

ONGs, empresas, universidades e pessoas envolvidas com causas ambientais podem se juntar aos cerca de 5.800 perfis de entidades espalhadas por 28 países de todos os continentes. Para isso, basta acessar o site e criar gratuitamente seu perfil em uma das sete categorias disponíveis no portal: eco-educação, eco-produtos, eco-serviços; eco-turismo; reciclagem e usuários da rede.

A categoria “reciclagem”, que possui subcategorias correspondentes a diversos materiais recicláveis como isopor, lâmpadas, eletrônicos, entre outros; é o mais popular do site. “A rede reúne mais de 10 mil pontos de coleta de 32 materiais recicláveis e esse é um serviço muito procurado hoje pelos usuários. As pessoas querem descartar corretamente o lixo”, diz Mauro.

A rede também possui um perfil no Twitter, o @madeinforest.


Se você quiser seguir o Akatu no twitter, clique aqui.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Doe palavras...Um projeto incrível!


O Hospital Mário Penna, em Belo Horizonte, que cuida de doentes com câncer,lançou um projeto sensacional que se chama "DOE PALAVRAS".
Fácil, rápido e todos podem doar um pouquinho.
Você acessa o site http://www.doepalavras.com.br/ , escreve uma mensagem e sua frase aparece no telão para os pacientes que estão fazendo o tratamento.
Na hora que eles estão lá e, enquanto fazem quimioterapia, podem ler o que escrevemos para eles.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Minha oração é a minha meditação
Meu escudo é a liberdade,
Minha razão está no coração,
Minha religião é do amor,
As viagens que mais gosto são do meu mundo interno,
Minha casa é o Universo inteiro,
Minha lei é a paz...
...questionava Goethe, “Do que adianta você ter esta alma colada aos ossos dessa carne errada? Sem o risco a vida não vale a pena“.

Terceira virtude cardinal: Amor


Segundo o dicionário: do Lat. Amores, s. m., viva afeição que nos impele para o objeto dos nossos desejos; inclinação da alma e do coração; afeição; paixão; inclinação exclusiva; graça teologal.

No Novo Testamento: Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e o Amor, estes três, mas o maior destes é o amor. (Cor 13:13)

Segundo a etimologia: os gregos possuíam três palavras para designar o amor: Eros, Philos e Ágape. Eros é o amor saudável entre duas pessoas, que justifica a vida e perpetua a raça humana. Philos é o sentimento que dedicamos aos nossos amigos. Finalmente, Ágape, que contem Eros e Philos, vai muito mais longe do fato de “gostar” de alguém. Ágape é o amor total, o amor que devora quem o experimenta. Para os católicos, este foi o amor que Jesus sentiu pela humanidade, e foi tão grande que sacudiu as estrelas e mudou o curso da história do homem. Quem conhece e experimenta Ágape, vê que nada mais neste mundo tem importância, apenas amar.

Para Oscar Wilde: A gente sempre destrói aquilo que mais ama / em campo aberto, ou numa emboscada; /alguns com a leveza do carinho / outros com a dureza da palavra; / os covardes destroem com um beijo, /os valentes, destroem com a espada.(in Balada do Carcere de Reading, 1898)

Em um sermão no final do século XIX: Derrame generosamente seu amor sobre os pobres, o que é fácil; e sobre os ricos, que desconfiam de todos, e não conseguem enxergar o amor de que tanto necessitam. E sobre seu próximo - o que é muito difícil, porque é com ele que somos mais egoístas. Ame. Jamais perca uma oportunidade de dar alegria ao próximo, porque você será o primeiro e se beneficiar disto - mesmo que ninguém saiba o que você está fazendo. O mundo à sua volta ficará mais contente, e as coisas serão muito mais fáceis para você.Eu estou neste mundo vivendo o presente. Qualquer coisa boa que eu possa fazer, ou qualquer alegria que puder dar aos outros, por favor, digam-me. Não me deixem adiar ou esquecer, pois jamais tornarei a viver este momento novamente. ( in O Dom Supremo, Henry Drummond [ 1851-1897])
Em uma mensagem eletrônica recebida pelo autor : “enquanto guardei meu coração para mim mesma, jamais tive qualquer manhã de angústia ou noite de insônia. A partir do momento em que me apaixonei, minha vida tem sido uma seqüência de angústias, de perdas, de desencontros. Penso que, usando o amor, Deus conseguiu esconder o inferno no meio do paraíso” (C.A., 23/11/2006)

Para a ciência: no ano 2000, os pesquisadores Andreas Bartels e Semir Zeki, do University College de Londres, localizaram as áreas do cérebro ativadas pelo amor romântico, usando para isso uma série de estudantes que diziam estar perdidamente apaixonados. Em primeiro lugar, concluíram que a zona afetada pelo sentimento é muito menor que imaginavam, e são as mesmas que são ativadas por estímulos de euforia, como no uso da cocaína, por exemplo. O que levou os autores a concluírem que o amor é semelhante à manifestação de dependência física provocada por drogas. Também usando o mesmo sistema de escanear o cérebro, a cientista Helen Fisher, da Rutgers University, conclui que três características do amor (sexo, romantismo, e dependência mútua) estimulam áreas diferentes no córtex; concluindo que podemos estar apaixonados por uma pessoa, querer fazer amor com outra, e viver com uma terceira.

Para um poeta: O amor não possui nada, e nem quer ser possuído, porque ele se basta a si mesmo. Ele irá vos fazer crescer, e depois os atirará por terra. Vos açoitará para que sintais vossa impotência, vos agitará para que saiam todas as vossas impurezas. Vos amassará para deixar-vos flexíveis. E logo vos atirará ao fogo, para que possais vos converter no pão bendito, que será servido na festa sagrada de Deus (in O Profeta, de Khalil Gibran, [1883-1931] )
Fonte:www.warriorofthelight.com

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sobre nossos caminhos...

Qualquer caminho é apenas um caminho e não constitui insulto algum - para si mesmo ou para os outros - abandoná-lo quando assim ordena o seu coração. (...) Olhe cada caminho com cuidado e atenção. Tente-o tantas vezes quantas julgar necessárias... Então, faça a si mesmo uma pergunta: possui esse caminho um coração? Em caso de afirmativo, o caminho é bom. Caso contrário, esse caminho não possui importância alguma.

Carlos Castañeda, The Teachings of Don Juan (Os ensinamentos de Don Juan)

Donos do próprio destino

Por Márcia de Lucca

Uma história indiana conta que um homem estava fazendo um tour por todo o país quando chegou a uma cidadezinha e viu um ancião debaixo de uma árvore. Então lhe perguntou: quem são as grandes pessoas que nasceram nessa vila?
E o ancião respondeu: apenas crianças nascem nesta cidadezinha!
A grande sabedoria dessa história é que ninguém é importante logo que nasce. Nossa grandeza vem do que fazemos e construímos para nossas vidas.
Somos nossos pensamentos, nossas percepções, nossas idéias. Somos criadores de absolutamente tudo o que nos rodeia e tudo o que nos acontece.
Devemos então nos conscientizar de que somos responsáveis por nós, e portanto, podemos mudar nosso destino criando um bem viver no nosso dia a dia.
É preciso tomar uma decisão em nossas vidas e criar uma intenção – em sânscrito, sankalpa – para conseguir a transformação milagrosa.
Devemos nos conscientizar também, que essa transformação só pode ocorrer no nível de nossa consciência mais profunda – chitta, na nossa totalidade.
Nosso verdadeiro lar é o espaço que existe dentro de nós, onde nos sentimos relaxados e confortáveis. Sentimo-nos bem com nosso próprio ser. Nesse local não é preciso criar fachadas, podemos ser quem somos na realidade.
Outra bela história conta que uma casa estava pegando fogo com um homem lá dentro que dormia. As pessoas tentavam tirar o homem de dentro da casa, mas ele era muito pesado. Então uma voz disse: acordem este homem e ele vai saber o que fazer para se salvar.
Todos nós temos problemas, mas estamos dormindo de alguma maneira. Vamos acordar para que possamos mudar. Este é o despertar interior para que possamos saber o que fazer com nossas vidas.
As universidades normais ensinam como sobreviver neste mundo, mas temos de aprender, sobretudo, como viver da melhor maneira possível. A sociedade nos ensina a casar, mas queremos mesmo trazer amor ao casamento. Vamos aprender a ter experiências importantes para que elas se tornem o verdadeiro aprendizado.
Repetindo para gravar na memória de nossas células, vamos trabalhar a partir do nível da consciência que é a totalidade da vida propriamente dita.
Nesta jornada, temos que sentir dor e prazer, pois os opostos se complementam. Devemos aprender a ficar em silencio, a abraçar tudo e todos com gratidão. E é na benção desse silêncio interior que conseguimos ouvir palavras sábias de nosso grande mestre interno – aquele que tudo sabe e tudo vê. Aquele que detém a receita de nossa felicidade.
E lembre-se , não existe um única receita para todos. Segundo o Ayurveda, cada ser humano é único e individual. Cada um de nós deve ouvir a sua própria voz interior.
Mas também vale lembrar que todos os sábios que habitam nossos corações se unem em um único espaço de muita luz: hridaya, nosso coração espiritual no qual reside também todo universo. E nesse espaço, TODOS SOMOS UM!

Eu vou sem nenhuma direcao

E eu sou,

Nao preciso nada mais

Lua,

Estrela,

o meu caminho, o meu destino

Lua, o sol, que me da o seu calor

Chuva, o seu olhar, que me da o seu calor

Que me da a direcao, que me da o meu valor,

Que me da o seu calor

Eu vou,

Eu sou,

Eu vou sem nenhuma direcao

domingo, 8 de agosto de 2010

Somos nós...

Sabe aquele momento mágico em que nos pegamos totalmente atordoados com algo que é desconhecido?

Quando você não sabe pra onde ir?

E mesmo assim não se contém em sua felicidade?

... Após um longo e delicioso banho quente eu vesti aquela sua camisa xadrez e me sentei na sua escada... não sei quanto tempo fiquei ali observando aquela imensidão azul e sentindo seu cheiro se misturar com a maresia...e foi então que decifrei o caminho dos seus poros: são pequeninas vilas onde moro! E eu devoro lentamente esse momento... digerindo cada pedaço seu desfruto desse caminhar de mãos dadas, nesse infinito que é nossa vida... Dias, noites, viagens loucas, coisas especiais... somos nós !!!

E somos feitos de encontros e desencontros e às vezes nos perdermos nas órbitas errantes do universo, e nos encontramos em outro momento quando você me diz que já foi poeta e o mundo engoliu a sua poesia!

Ah mundo, deixa a poesia acontecer!

Chega de sentir medo!

Deixa sermos um do outro!

Deixa o dia seguinte chegar!

È somente no dia seguinte que saberemos se valeu a pena, quando acordaremos para realidade ou dormiremos no sonho, pois e só existe uma maneira de viver: apaixonado!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Seguindo a Lenda Pessoal



Quando Joseph Campbell, o mais conhecido estudioso de mitologia de nosso tempo (e autor, entre outros livros, do excelente "O Poder do Mito") criou a expressão "siga sua bênção" ele estava refletindo uma idéia cujo momento parece ter chegado. Alan Cohen, um terapeuta que vive no Havaí, também trabalha sobre o tema. Ele conta que, nas suas conferências, pergunta quem está insatisfeito com o seu trabalho; setenta e cinco por cento da audiência levanta a mão. Cohen criou um sistema de doze passos, para ajudar o reencontro com sua "bênção" (ele segue a escola de Campbell):

1] Diga a verdade para você mesmo: divida uma folha de papel em duas colunas, e escreva do lado esquerdo tudo que adoraria fazer. Depois, escreva do lado direito tudo que está fazendo sem entusiasmo. Escreva como se ninguém fosse ler o que está ali, não censure nem julgue suas respostas.
2] Comece devagar, mas comece: chame o agente de viagens, procure algo que se encaixe no seu orçamento; vá assistir ao filme que está adiando; compre o livro que desejava. Seja generoso com você mesmo, e verá que mesmo estes pequenos passos lhe farão sentir mais vivo.
3] Vá parando devagar, mas pare: há coisas que tiram por completo sua energia. Você precisa mesmo ir à tal reunião do comitê? Precisa ajudar que não quer ser ajudado? Seu chefe tem o direito de exigir que, além do trabalho, você tenha que estar nas mesmas festas que ele? Ao parar de fazer o que não lhe interessa, vai notar que você estava se exigindo mais que os outros realmente pediam.
4] Descubra seus pequenos talentos: o que os amigos dizem que você faz bem? O que você faz com vontade, mesmo que não seja perfeito na sua execução? Estes pequenos talentos são mensagens escondidas de seus grandes talentos ocultos.
5] Comece a escolher: se algo lhe dá prazer, não hesite. Se você está em dúvida, feche os olhos, imagine que tomou a decisão A, e veja tudo que ela acarretará. Faça o mesmo com a decisão B. A decisão que lhe fizer sentir mais conectado com a vida, é a decisão certa - mesmo que não seja a mais fácil.
6] Nao baseie suas decisões em ganhos financeiros: eles virão, se você realmente fizer algo com entusiasmo. O mesmo vaso, feito por um oleiro que adora o que faz, ou por um homem que detesta seu ofício, tem uma alma. Ele será rapidamente vendido (no primeiro caso) ou ficará encalhado (no segundo caso).
7] Siga sua intuição: o trabalho mais interessante é aquele que você se permite ser criativo. Einstein dizia: "eu não cheguei à minha compreensão do Universo usando apenas a matemática". Descartes, o pai da lógica, desenvolveu seu método baseado em um sonho que teve.
8] Não tenha medo de mudar de idéia: se você deixou uma decisão de lado, e ela o incomoda, repense o que escolheu. Não lute contra aquilo que lhe dá prazer.
9] Saiba descansar: um dia por semana sem pensar no trabalho, termina permitindo que o subconsciente o ajude, e muitos (mas não todos) problemas se solucionam sem ajuda da razão.
10] Deixe que as coisas mostrem o caminho mais alegre: se você está lutando demais por algo, e não tem resultados, seja mais flexível e se entregue aos caminhos que a vida mostra. Isso não significa renunciar a luta, ter preguiça, ou deixar as coisas nas mãos dos outros - significa entender que o trabalho com amor nos dá forças, jamais desespero.
11] Leia os sinais: é uma linguagem individual, unida a intuição, que aparece nos momentos certos. Mesmo que os sinais indiquem uma direção oposta àquela que você planejou, siga-os. As vezes você vai errar, mas é a única maneira de aprender esta nova linguagem.
12] Finalmente, arrisque! Os homens que mudaram o mundo, começaram seus caminhos através de um ato de fé. Acredite na força dos seus sonhos; Deus é justo, e não colocaria em seu coração um desejo impossível de ser realizado
Fonte:www.warriorofthelight.com

domingo, 1 de agosto de 2010

I'm a Happy Dreamer




I’m a happy dreamer

I believe in love

I’m a happy dreamer

Guess I’m not the only one

I’m a happy dreamer

I believe in love and me


I’m happy dreamer

I believe in love

I’m happy dreamer

Guided by the stars above

I’m a happy dreamer

I believe in love can change the world


I’m a happy dreamer

I believe in love

I’m happy dreamer

Looking out for the sun

I’m a happy dreamer

I believe in love can change the world

(Laid Back)